Nós temos que ter um cuidado muito grande quando a gente está exercendo posições de destaque, que está comandando. A gente se acostuma com isto e depois que se acostuma, a gente acha que sempre a nossa vida tem que ser no comando. E tem muito psicótico por aí que está vivendo isso, numa vida totalmente diferente da atualidade, mas na vida íntima dele, ele é que manda. Então, nos nosocômios aí nós temos muitos condes, viscondes, marquês, entre outros títulos enobrecidos aí, envergados. Eu, mesmo, conheci um companheiro que lá atrás, nesse negócio de colocar o elemento nesses hospitais mais fechados, ia lá, ele estava lá, todo sujo, com um pedaço de pau lá e tal, definindo, Marquês não sei de onde, e tal. E era ideia fixa mesmo. Uma postura psicótica complicada e de fixação.
(P) – É normal que a gente, no nosocômio do lado de cá, que nós estamos também, tomar decisões com o psiquismo do passado, isso é normal? Eu já tomei algumas… fiz alguns projetos, que eu nem de longe tinha condições de realizar.
(H) – E deu certo?
(P) – Não! Lógico que não. Pois eu não tinha condição! São projetos concretos mesmo. Eu queria fazer X coisa, e eu queria começar amanhã. Agora eu me lembro deles. Quando você for fazer uma casa, às vezes, não tem condições de acabar. Para eles não rirem de você depois, com a casa pelo meio. Então, eu só cheguei à conclusão. Eu só tomei essa decisão com o psiquismo do passado, de algum passado. Não tem condição. É normal isto?
(H) – Pode ser feito isso, mas é como você falou, tem que ter um projeto, um planejamento nisso aí. Aliás, nós temos textos que deixam entender isso. Você vai, no seu trabalho reeducativo igual você toma mingau quente, não é pelas beiradas? Não vai lá no meio não, que você queima! Nós adotamos o seguinte: Se nós, todo dia, conseguirmos desativar um reflexo, dos mais simples, vamos conseguindo adquirir força, autoridade, para mexer nos núcleos de profundidade da nossa própria personalidade. Então, o que acontece nas linhas das resistências exteriores acontece nas linhas das resistências interiores. Não é isso? Tem um problema de uma Nação com a outra Nação. Como é que eles fazem? – Ah, vou chegar lá e vou conversar com o Presidente. Chega lá, eles o prendem, lá, e se bobear enforca. O que é que a gente faz? Procura esses elementos, embaixadores, para poder ir trabalhando, para ir devagar. Então, realmente a Doutrina Espírita, abrindo nosso campo no estudo do Evangelho, como isso que nós estamos fazendo agora, fazendo-nos conhecer todo esse alcance do nosso psiquismo, os registros de profundidade que tem aqui que foram alimentados e realimentados por muito tempo. E pelo tempo em que esses valores foram alimentados, criaram tônicas no campo dos reflexos. Porque nós temos reflexos que são ostensivos no nosso dia a dia. Mas tem uns que jogam só um “lancezinho” em cada ato, em cada fato. Não sei se vocês estão entendendo. Ele joga, ele é tônico, mas tônico empoeirado, está coberto de poeira! Mas tudo que ele fala, ele põe uma “pitadinha” – Olha, vai lá e faz assim, assim, assim. – este reflexo pode ser um bruto dum componente que tange ao orgulho. Então, até para dar uma aula de humildade, ele joga uma tampinha dele lá – Nós não podemos bobear, nós temos que ser humildes mesmo! – é o orgulho que está falando, isso não é humildade não! (…) Temos que analisar. E não precisa de ficar parado para ficar sindicando dentro de nós não! Só analisar a forma como se deu uma resposta, a forma como você reage diante de determinados assuntos. Então o tipo de conversação, os tipos de acontecimentos, vocês notem que, eles, têm uma certa tônica no campo reativo nosso. Vocês não notaram isso não? Nós, às vezes, saímos do serviço para casa. Saímos: – Oh gente, até amanhã! Ih hoje foi um dia bom, rendeu, eu estou feliz. Chega em casa de cara fechada, às vezes, um toque simples no caminho. Às vezes, ele vinha dirigindo seu carro, uma hora cruzou com algum acontecimento ou ultrapassou um carro que tem aquela cor, ou aquele tipo, ou qualquer coisa, aquilo induziu um processo, que veio culminar e ele fechou o rosto. Ele chegou em casa, absolutamente, diferente do que quando ele saiu!
Então, os reflexos, nós não podemos trabalhar com eles, de maneira muito ostensiva, porque eles são muito automáticos e irreverentes. Mas podemos trabalhar com as emoções que nós vivenciamos, que, a cada momento, manifestamos. Porque a emoção é o retrato revelado de um negativo chamado reflexo (Pensamento e Vida, capítulo 1). O reflexo fotografa! E o estado de cada momento nosso, é, praticamente, uma resultante da natureza desse reflexo. Até sentimento de medo, de preocupação, de entristecimento. E tem também os lados positivos, a alegria, a descontração, que podem ser resultados também de uma linha interativa. Os 5 sentidos são as janelas ou as portas, pelas quais os reflexos são detonados. Além desses 5, nós temos mais 1 hoje, que a ciência ainda está estudando-o, este é de natureza psíquica. É o 6º sentido, que é a intuição. É aquele que é atuado por uma linha de conexão vibracional, de acordo com a linha de sintonia entre os seres.
(P) – No livro “Estude e Viva”, de Emmanuel e André Luiz, se não me engano no capitulo “Influenciações Espirituais Sutis”, e ele classifica inclusive como verdadeiras epidemias, em que o obsessor, quando ele desencadeia o processo, nem perto ele está mais, é tão sutil…
(H) – E essas é que fazem a nossa vida. Vocês entenderam a colocação do companheiro? E o pior é isso, elas é que determinam a nossa vida. O Emmanuel fala assim: nós estamos debaixo de um regime de obsessão transitando no ambiente normal da vida como uma criatura absolutamente sadia, (Estude e Viva, capítulos 9 e 35) embora sejamos criaturas acentuadamente influenciáveis. Enquanto é influenciável, está bom, o pior é quando você é influenciador. Porque tem também. Nós temos criaturas, por exemplo, que inadvertidamente, já que eu virei para o outro lado o disco, falando de nossa responsabilidade, tem criaturas que não sabem ver ninguém sorrir! Examinem-se, por favor.
(Recorte revisado dos estudos de Evolução coordenados por Honório Abreu)