Então nós temos lá no Velho Testamento, um texto contido no Livro de Jó que define: “Pelo seu espírito tornou os céus, a sua mão formou a serpente enroscadiça” (Jó 26:13) que é isso no campo da concretude. “a sua mão formou a serpente enroscadiça”. Então nós sempre começamos formar a serpente que é o plano carregado de energia que são as nebulosas. Então o fluido cósmico apresenta de princípio uma certa neutralidade. Na hora que a energia eletromagnética individual ou coletiva por associação e identidade de ideias, de pensamentos, a gente joga em cima daquela porção do fluido cósmico – de modo natural que não se consegue isso de modo muito consciente, mas de modo inconsciente. É como se o fluido estivesse na posição de coloide agindo e reagindo sobre si mesmo, o pensamento vem e joga em cima desse fluido, imediatamente nós vamos ver o quê? Um processo de dinamização, formou um processo dinâmico. Vamos dizer que esses fluidos começam agora a entrar em um profundo processo de reação, e essas forças lançadas aqui criam expressões ao nível de energia centrípeta e energia centrífuga – em que os valores mais ponderados buscam o centro gerando força centrípeta e os elementos mais leves são lançados à periferia criando força centrífuga – e essas duas forças uma pra dentro e outra pra fora, criam gravitação, piso para que se apresente formalizações. Então nós estamos levando para o campo estrutural do Universo o que acontece na vida íntima nossa. Então surge determinado ângulo no campo cocriador da nossa mente, imediatamente a nossa onda mental – que no fundo é estruturada ao nível da expressão eletromagnética na energia dinâmica da eletricidade e na energia estática do magnetismo – cria o processo de gravitação íntima; e nós entramos naquilo que chamamos de ideoplastia. A ideia vai ficando plasticizante, os fluidos vão se reunindo e nós criamos quadros dentro da própria aura, (um clarividente é capaz de observar). Então esses quadros são esboços que se forem alimentados, vamos acabar concretizando-se de maneira tangível no plano ambiente nosso.
Então isso se faz, mediante processos conceptivos, por que os próprios desejos começam a ser expressos de que forma? Na medida que nós vamos entrando em relação de sintonia com outras mentes. Então quem estava aqui na terça-feira estudando conosco, que nós falamos sobre inveja, sobre vaidade, sobre ciúmes e outros processos, esses elementos de baixo curso na origem, na essência, eles têm energias peculiares. Então como é que eu me sinto fecundado nos meus interesses em que o desejo dimana, expressa? É quando eu vejo alguém fazendo uma coisa e tendo inveja dele, se essa inveja for paixão, eu vou prejudicá-lo, vibracionalmente. Mas se ela for apenas um toque do despertar de um interesse pessoal, esse interesse transubstancia num interesse intrínseco: “Eu também quero fazer aquilo”. Quantos estão aqui porque o vizinho chamou para vir cá e o vizinho sumiu e ficou. Como não temos meio de separar o que é componente positivo na intimidade desses componentes do legítimo componente no seu sentido negativo, vicioso, eu uso a mesma expressão.
Então é nesse ponto de contato que se faz por sintonia é que nós disparamos as forças íntimas, pela cobiça, a cobiça, por exemplo, é um componente despertador de recursos interiores. Nós estamos aqui debaixo de uma pressão velada, e se nós tivermos o cuidado de administrar com segurança, ele é positiva na essência, mas se não souber ela cria fantasma dentro de nós, que é a chamada inconformação. Nós estamos aqui porque estamos inconformados com a nossa situação. Agora se eu começar a lançar a inconformação no plano diário de vida das manifestações eu fico difícil, para as pessoas será difícil de viverem ou conviverem comigo, porque eu sou um poço de reclamação. Então no íntimo, nós encaminhamos aqui.
(P) – Então é necessário que haja dentro de nós um desejo primitivo ou um desejo central?
(H) – Eles se iniciam através de um grito automático do nosso psiquismo. Então quando a gente vai analisar a nossa linha anterior, como é que surgiu o fenômeno da fototaxia ou da eurotropia? É pelo cloroplasto da célula que assimila a luz e transforma a luz em componente orgânico na intimidade, soltando o oxigênio para poder reservar o carbono. Então o que acontece: é um processo de arregimentar valores e energia na intimidade da célula. Com o decorrer do tempo entrou de modo intrínseco na intimidade do vegetal que já labora clorofila, um anseio da luz. Você deixa uma planta aqui, ela procura a janela, porque ali garante alimento. É impressionante a grandeza das leis. (…) Então quando eu fiz aquele desenho das forças centrípeta e centrífuga, o que notamos? Nós notamos processos espiralóides de fechamento e abertura. Cada espiral dessa[no quadro], se eu fechar essa mola aqui e joguei aqui, essa linha daqui está contíguo a esta aqui, coladinha, quando eu faço assim com a mola. Então eu tenho em cada momento que eu estou operando eu estou sendo atraído para o condicionamento de retaguarda, pela aquela linha contígua pertinho da linha de retaguarda, mas em compensação eu estou com outra linha sendo projetada, elaborada, muito próxima. Então por isso que nosso crescimento se dá efetivamente em termo de constante repetição ou muita coisa próxima, quase que a mesma coisa, que a gente vai abrindo assim lenta e gradativamente nesse processo. A ciência hoje quer unir as quatro forças: a força nuclear forte, a força nuclear fraca, a gravitação e a eletromagnética. Existem perfeitas coerências na nossa maneira a luz da Doutrina Espírita. Por quê? Porque a força de gravitação que se faz a nível macrocósmico é a mesma força eletromagnética que se faz a nível microcósmico na harmonia do átomo. O átomo é trabalhado pela energia eletromagnética, que faz um trabalho de equilíbrio íntimo entre elétrons e o próprio núcleo como acontece num sol e nos planetas respectivos ou numa Terra, ou num planeta e os respectivos satélites. É muito lindo isso, agora eu queria ir para um ponto que parou e eu não falei. Quando eu falei agora mesmo da soma de mentes em cima do fluido para formar uma galáxia ou formar um orbe, eu na minha linha particular, eu formo as minhas forças e crio imagens. Eu falei da ideoplastia, essa ideoplastia é um ovo que está germinando e que vai redundar em um componente de vida prática lá atrás. Então a concepção de Espírito Santo com Maria, não quer dizer que essa fecundação psíquica que gerou Jesus no ventre materno dela. Essa concepção criou um processo de interação de objetivos e propostas realizadoras. Entenderam o que eu falei?
(P) – Não.
(H) –Quer dizer, vem a força, a linha mental e concebe. O elemento está assim – Eu quero experimentar o tóxico. – Está entrando em relação com uma entidade – Experimenta! – Ele está assim… daqui a pouco ele aceita, mas naquela hora caiu um pacote de cocaína para ele, ou de maconha ou cigarro? Não! Aí ele sai, daí a pouco entrou no plano de concretude, entendeu? Porque há muito misticismo nisso. Ela foi concebida. – Ah! Os espíritos estão me levando a sofrer! – Os espíritos interferem e injetam ideias, mas quem busca somos nós. Isso é importante ser trazido nesse estudo nosso aqui, porque nós queremos culpar às vezes e querer que Deus resolva os nossos problemas e que os Espíritos resolvam os nossos problemas. Nós podemos interferir junto de um coração dando ideias, apresentando sugestões, mas ele é que tem que dar os passos.
(Recorte das transcrições dos Estudos de Evolução coordenados por Honório Abreu, revisado.)