Então, o versículo 17 diz assim: “…e o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente.” (Apocalipse 12:17) lá atrás, nos primeiros movimentos, na briga ou na luta entre a mulher e a serpente, vocês lembram da luta da mulher e da serpente? Porque a mulher foi jogada na parede pela voz da consciência e a serpente também. Diz assim o Velho Testamento: “E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou e eu comi”(Gênesis 3:13-14), então, nós temos um processo de envolvimento do nosso ego que quer argumentar com as expressões reveladas, que é bom ficar como se está. Porque a serpente passa a ser a soma de todos os componentes informativos, de todas as linhas sensoriais, de todos os planos de reflexos, que representam nossa conquista até o patamar que nós chegamos. Até o patamar em que chegamos! Então esta é a soma dos padrões incrustados em nós, e que têm uma expressão serpentária dentro de nós. Tanto que a própria coluna vertebral que é o centro essencial, praticamente de toda uma linha sensória, inclusive interferindo nos centros vitais do perispírito e no campo físico nos chacras tem uma forma serpentária. Não é isso? Vai por toda as costas e vai se enovelar no plano do cérebro, definindo o lugar dos dois setores mais valiosos da nossa estrutura psicofísica, que é o centro cerebral e o centro coronário. Agora, quanto mais as linhas de sensação vão descendo, mais nós nos encaminhamos pelo centro genésico cuja linha de alimentação representa cargas magnéticas colhidas de baixo para cima. Então, as nossas pernas são antenas invertidas, notaram? E como antenas, nós falamos pegando do sutil para o físico. Aqui nós estamos pegando do físico para o esforço de sutilização, que é diferente. A ligação é direta entre o centro genésico do plano procriativo e das criatividades no campo psíquico, com o centro coronário, que faz a coleta de cima, instaurando o mecanismo de consciência entre o que de baixo grita, espera e pede e reclama, e que o de cima sugere, com todos os padrões de crescimento do ser. Deu para entender? Será que eu consegui trazer, vamos pensar nisso. Então “…o Senhor disse à mulher: Por que fizeste isso? Disse a mulher: a serpente me enganou e eu comi”. Agora, o que é o engano? O engano veio porque a Eva, no caso, a mulher, já tinha consciência plena homologada ao nível interior dela. Agora a serpente vem com seus instrumentos muito didáticos, tangíveis (expressão que nós usamos várias vezes aqui) e define e fala assim – Continue por aqui, que você vai bem. Não entra nisso aí não – porque a Eva já tinha assimilado o plano revelador da árvore a que ela não podia ter acesso.
“Então, o Senhor disse à serpente:“ que é o Dragão hoje. “Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo. Sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida”. Ou seja, o momento está sendo de seleção. É importante o pó da Terra, porque no pó da Terra se organiza a estrutura biológica do ser como ele está! E fez Deus o homem com o pó da Terra.
Agora, esse é o homem, essa é toda uma estruturação somática, da forma, porque o processo essencial que dá vida e felicidade, não vem do pó, vem de cima, das áreas sublimadas. “Porei inimizade entre ti e a mulher”. Então, já foi decidida a inimizade do dragão com a mulher. Não foi? Está instaurada uma inimizade. E coloca: “entre a tua semente e a sua semente”. Querem pensar sobre isso? Então, é uma destinação ou implementação clássica filosófica fechada. Há uma luta entre a mulher e a serpente. A mulher é o sentimento e a serpente os toques de ideias, as sugestões, que na medida em que a gente avança, a vida é intuição pegando de cima, como pode também, determinados planos reversivos representar sugestões inferiores levando ao equívoco, à inverdade, ao engano. Então, “porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente”, veja o que vai acontecer: “esta vai te ferir a cabeça”, quer dizer, a mulher tem que pisar na cabeça da serpente para imobilizá-la, porque não tem como matá-la. “E tu, a serpente, lhe ferirás o calcanhar”, o calcanhar representa, aqui, o calcanhar de Aquiles – é onde estão as sustentações de todos os planos importantes e clássicos, daquela mentalidade, daquela criatura, no campo psíquico, informativo, espiritual. Será que deu para entender? Esta luta é para sempre! Para sempre. “E à mulher disse: multiplicarei grandemente a tua dor e a tua…” as duas sementes representam os territórios onde chegam os dois pensamentos. De um lado, o pensamento materialista do reconforto de fora para dentro. E outro, o pensamento espiritualista garantia da segurança e paz de dentro para fora. Perceberam a semente? Então, diz aqui: “E o dragão irou-se contra a mulher”. Chegou num momento em que começou a haver uma agressividade, por que o conhecimento instaurado por Jesus cria o que? Um sistema de definição! Porque ele agiu e o que ama age magneticamente no plano operacional de amor dos indivíduos. Então, o que ocorre? O dragão, que já representa uma soma muito mais volumosa, que uma onda mental que nós chamamos de serpente. O que acontece? Irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto das suas sementes. Então, isso representa, na atualidade do mundo, as forças materialistas e as forças espiritualistas vigentes. O que vocês dizem? Deu para entender? Nota que quanto mais os grupos se fundamentam hoje, mais os mecanismos da ciência propondo reconforto exterior se avolumam! Quanto mais vibra dentro de nós o aproveitamento adequado do tempo, mais surgem componentes a retirarem o nosso centro essencial de crescimento, oferecendo uma série de fatores que nos entretecem. Os próprios valores da ciência e da tecnologia, hoje, definem esse aspecto de desviar a criatura do foco principal da vida. Não sei se deu para perceber. Esta luta é a que nós estamos travando, porque o nosso sentimento está sendo catado ponto a ponto por essas forças. Como elas estão dentro de nós, a luta não é uma luta de fora para dentro, mas uma luta que tem a sua ressonância, também, de dentro para fora. “Logo, foi fazer guerra ao resto da sua semente, e os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”(Apocalipse 12:17) têm dúvida agora? São representações de todo o histórico que nós temos conseguido arregimentar, a definir um novo momento de nossa evolução! Um novo momento de nossa evolução. E isso está perturbando a presença do dragão que é a besta que vai ser trabalhada nos capítulos 13 e 14 do Apocalipse. Que é que nós estamos sentindo hoje! As lutas são tão intensas que elas parecem uma luta de guerra mesmo, em função dos envolvimentos, em função dos atrativos, em função até das posturas espirituais que nós mesmos vamos definindo na nossa caminhada evolucional.
(Recorte das transcrições dos Estudos de Evolução coordenados por Honório Abreu, revisado.)