(P) – Então a carteira de motorista é para o futuro! Até agora, é a carteira de reação!
(H) – Carteira de reação. Por que é que é de reação? Porque tudo surge no plano eventual do trânsito. Não é isso? Você vai dirigindo, está livre o trânsito. Daí a pouco, parou lá. – Ai meu Deus do céu! O que é que eu faço? Não sei se eu dou ré! ?– É aquela confusão. E ainda fica xingando…, e é aquela correria. Eu tenho notado o seguinte que esse trânsito por se tratar de acontecimentos que vão sendo, vão aparecendo no percurso, representam o atestado em Cartório: Esta é a sua posição!
(P) – Me ajuda fechar ação e reação! Queria que o sr. me ajudasse a destrinchar, porque no dia a dia, a gente sabe evidentemente, a gente não vem a reunião no sábado, como na missa. A gente vem para usar no dia a dia. E fica se lembrando disso, está tentando implementar alguma coisa. A autenticação, a homologação dessa aferição positiva, vem de uma tranquilidade interior que a gente conquista na ação?
(H) – Na ação você labora. Isso que eu estou tentando mostrar.
(P) – Pois é. Mas o que eu estou querendo dizer é o seguinte. Aí no dia a dia começa a ser apontado como o hipócrita, no campo de relação, de uma forma geral. Pelos olhares, pelas respostas, mesmo positivas. A pessoa fala, não é isso! Não adianta você querer fazer essa peça, porque é ator, e tal. Quanto mais isso está vindo, mais estou firmando o pé, que o caminho está correto. É por aí?
(H) – É por aí, porque a reação ambiente faz parte do contexto. Quando Jesus definiu que eu lembrei a gora pouco: “E assim os inimigos dos homens são seus familiares” (Mateus 10:37) significa o que? Não é o familiar no campo consanguíneo da nossa casa não. É o familiar da nossa área de ação, do grupo que a gente frequenta, do serviço que estamos matriculados neles, do ambiente social que estamos ligados, estes é que são os nossos familiares. Então sempre vamos observar. E entrando para dentro e casa mesmo, a reação é natural e continuada, porque você está ligado àquele grupo, em tese, através dos séculos, às vezes. E você foi aquele que andou falando lá atrás, relativamente àquela postura do grupo hoje! Então o grupo tem aquela postura, aquela forma de agir, e você apresenta um componente diferenciado. É a expressão que mais se usa nas atividades mediúnicas de aprofundamento maior em que nós contactamos com os nossos amigos do ontem. Qual é que é a expressão que mais se usa na reunião? Traição! Ou vocês nunca viram não? Não sai muito isso? Traição. Hipócrita. A expressão que você usou! – Hipócrita! Não era isso que você fazia! Que você ensinava! – o espírito fala assim, às vezes, nos deixando assim, totalmente intranquilos? Não! Mas até a pensar! – Quem te viu e quem te vê! – com ironia – Te conheço! Você vem com essa palavra sedosa aí para mim! – Ou não acontece isso? Porque tem gente, ainda, na área espírita (não estou reduzindo vocês não, estou sendo autentico em função da nossa experiência) que acha que nós estamos capacitados a fazer bem para o grande próximo, para a amplitude do próximo. Ainda é um engano lamentável. O nosso próximo é tudo gente conhecida, que está vindo para a nossa área. De vez em quando pinta alguns assim, que chegam assim meio estranhos e pegam uma carona, e aí nós vamos começando a sair da área dos compromissos de passado para a capacidade operacional em favor do nosso grande desconhecido; transubstanciando o amor no plano relativo de nossas vidas com o amor universal que nós estamos tentando treiná-lo, agora. Tanto que nós temos, apesar de não comportar o amor universal, discriminação ou acepção de pessoa, nós ainda lidamos muito com essa área, com as simpatias que emergem quase sempre em nosso trabalho.
(Recorte das transcrições dos Estudos de Evolução coordenados por Honório Abreu, revisado.)