(P) – (…) O senhor falava do instinto e alguém do grupo levanta o instinto como algo que seria exonerado do ser humano, do espírito no decorrer da evolução como se os instintos fossem algo deploráveis e aí, eu torno a marcar, que eu penso que o instinto com instrumentos; é como eles fosse um radar sensível das essências do planeta onde estamos. Então os instintos nos permitem sentir, por exemplo, a corrente de um hormônio que acelera de um olhar no outro. Ele nos dá, ele sinaliza as experiências elaboradas redundariam nos reflexos. E aí nós estamos vendo o instinto operando como se fossem defesas. Então tanto ele é alguma coisa que nos põe em sintonia porque, sintetizando, se o espírito atinge uma evolução máxima ele perdesse esse instinto, ele cairia só no plano mais alto. E aí é que está a questão. Quando nós vamos crescendo, evoluindo, nós não perdemos o nosso passado. Nós vamos deixando é de cair nas malhas que nós construímos nas diferentes reencarnações.
(H) – Perfeito. Vamos analisar o que ela está trazendo porque, realmente, tem que ser trabalhado. Se tirar o instinto, nós ficamos naquelas condições perceptivas sem capacidade de executar. Ninguém executa com o superconsciente. Nós operacionalizamos do consciente para baixo, onde nós temos os instrumentos de nossa experiência. Não tem como! Se um exímio violinista, só ficasse sintonizado com as inspirações ou com a intuição da melodia, os dedos dele que são automáticos na hora em que vai movimentando, não iam conseguir executar, porque se fosse utilizar ação refletida para poder colocar os dedos, ele tem sim para elaborar o acorde, mas eles vão no automático.
Então outra coisa, eu tenho trazido muito isso, nós ficamos naquela preocupação de devorar livros, uma grande parte, quando as vezes, é bom que se devore os livros porque nossa área de abrangência cresce, mas é preciso saber estudar cada livro. E principalmente quando vocês forem ler os livros de Emmanuel, saibam lê-los. Não é porque eu estou fanático com Emmanuel, não. É porque a gente está acostumado com ele já de algum tempo. “Fazer o bem” e coloca na frente “de todos”. Guardemos o “de todos”. Quando ele fala do instinto, é preciso superar os instintos de animalidade, pega o “de animalidade”, este nós temos que vencer. Então tem expressões dessa ordem que às vezes, nós perdemos.
Então os instintos animalizados (O Consolador, questões 345 e 346) é uma coisa, os instintos naturais do plano realizador e evolucional, eles permanecem, eles vão sendo sublimados. “Ah! porque não se retém a emoção!”, retém isso sim! Porque emoção não é o primeiro passo. O primeiro passo é o reflexo, se a emoção é o segundo, é controlável! Não é isso? Porque é o reflexo que esboça a emoção, a emoção plasma a ideia (Pensamento e Vida, capítulo 1). Então quando chega uma ideia, já é um terceiro passo. E a ideia determina atitudes e palavras. Então atitude e palavra está em quarto lugar na linha dos passos. E atitude e a palavra é que comandam as ações. A ação, em si, no campo completo é o quinto passo. “Ah porque eu fiz instintivamente!” Olha aí, o instintivamente!
Então a estrutura intrínseca que nós trazemos da nossa carga, do nosso ego ou nosso eu que temos realmente acumulado, é o espelho dos reflexos que geram a emoção. Então a emoção chegou, que tipo de reflexo instaurou a emoção? Porque só tem uma forma de resolver…, mas como é que eu vou acabar com o reflexo, se ele é o componente instaurador de todo um sistema!? Como eu não posso tirar reflexo condicionado por cirurgia, porque não sai, não tem bisturi capaz de fazer isto. Então o processo é a gama de reflexos que se encontram na linha básica de predominância de uns sobre os outros. Então, se esse reflexo está tendo tônica e eu não posso extirpá-lo, como muita gente quer fazer, nós temos que implementar outro sistema operacional para criar outros processos. Isso não é muito comum. – Ah! faz uma viagem aí que você vai ver o mar, e o mar vai te sugerir reflexos… –, mas senão se trabalha interiormente isso, na hora que voltar para a cidade, os reflexos antigos vão voltar todos.